Título Original: Jurassic World

Direção: Colin Trevorrow

Roteiro: Rick Jaffa, Amanda Silver, Colin Trevorrow e Derek Connolly

Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Vincent D’Onofrio, Ty Simpkins, Nick Robinson, Irrfan Khan, Omar Sy

Produção: Frank Marshall e Patrick Crowley

Estreia Mundial: 12 de Junho de 2015

Estreia no Brasil: 11 de Junho de 2015

Gênero: Ação/Aventura

Duração: 124 minutos

Classificação Indicativa: 12 Anos

021Não há dúvidas de que Jurassic Park é um dos maiores filmes do cinema. Não só pela forma como apresentou a evolução dos efeitos especiais para a época, como também consolidou a genialidade Steven Spielberg em fazer um projeto de apelo popular/familiar, sem cair na motivação comercial, apenas. Em decorrência do sucesso da primeira produção, duas sequências deveras medianas, basicamente copiando o longa anterior, foram lançadas. Mesmo assim, o original seguiu sendo conceituado e, quando se falou nessa nova continuação, as expectativas se voltaram todas no sentido de que uma renovação ocorreria. Entretanto, quando se trata de Hollywood, qualquer expectação deve ser administrada em doses quase homeopáticas, principalmente no momento em que se tem um franquia sob análise.

Jurassic World está longe de ser uma total decepção, da mesma forma que está distante de ser uma excelente adaptação. Se levarmos em conta a questão espetáculo visual, não há resignação quanto a qualidade da fita; Se a discussão levantada for em relação ao roteiro, contudo, teremos sérios problemas. Assim, cabe ao espectador escolher qual será sua melhor forma de (tentar) aproveitar o espetáculo. Esse 8 ou 80 que envolve a maioria dos candidatos a blockbusters, irrita-me profundamente, pois das duas uma: ou os roteiristas acham que a população é idiota e não tem capacidade de absorver personagens um pouquinho mais complexos, ou é preguiça pura e simples. Acho que pode ser um pouco dos dois.

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Percebemos isso quando analisamos a história dessa nova película: criou-se, novamente, um parque de diversões com o “grande diferencial” de que dinossauros híbridos fazem parte das atrações”. Tudo está em paz e funcionando perfeitamente até que um dos novos experimentos dos cientistas responsáveis pela criação desses répteis gigantes não sai conforme o planejado e ameaça todos que estão na ilha. Sim, é a mesma coisa de sempre, mas isso não é o problema, pois o enredo pode ser o mesmo; os personagens, todavia, é que tem de fazer a diferença. E não a fazem. A despeito da boa atuação do casal protagonista, Chris Pratt e Bryce Dallas Howard, a construção de suas figuras é baseada praticamente na unidimensionalidade: ele é o fortão gostoso que salva o dia, ela é a dona do parque/donzela em perigo. Essa probreza de construção se espalha por toda narrativa.

Quando adentramos em outros campos da produção, porém, podemos nos animar um pouco mais. A direção de Colin Trevorrow, ainda que não inove muito, utiliza muito bem os enquadramentos, evitando, principalmente, os cortes frenéticos nas cenas de ação. Além de, claro, referenciar o tempo todo Spielberg – chega até a ficar chato em certos momentos. Ademais, temos os efeitos especiais que estão apenas espetaculares em todos os sentidos. Desde a criação dos dinossauros, até a construção da ilha. Dá muita vontade de ir conhecer o Jurassic World e brincar nas atrações. Também, não posso deixar de comentar a realização do sonho de todos os fãs nesse longa, que é a briga entre dois dinossauros e…bem, não vou e não posso contar muito mais.

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Assim, Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros fica na média: não chega nem aos pés do primeiro, assim como, de maneira nenhuma, estraga a franquia. Se as expectativas forem administradas de forma correta, será possível encontrar ação, tensão e diversão na fita; Se, no entanto, comparações com o original forem feitas, já adianto que é perda de tempo assistir a essa nova produção, vale mais alugar ou comprar Jurassic Park de 1993 e assisti-lo em uma sessão nostalgia.

TRAILER LEGENDADO

About the author

Editor-Chefe do Cine Eterno. Estudante apaixonado pelo universo da sétima arte. Encontra no cinema uma forma de troca de experiências, tanto pelas obras que são apresentadas, quanto pelas discussões que cada uma traz. Como diria Martin Scorsese "Cinema é a importância do que está dentro do quadro e o que está fora".

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