Título Original: Hotel Transylvania 2
Direção: Genndy Tartakovsky
Roteiro: Adam Sandler e Robert Smigel
Elenco: Adam Sandler, Andy Samberg, Selena Gomez, Kevin James, Steve Buscemi, David Spade, Keegan-Michael Key
Produção: Michelle Murdocca
Estreia Mundial: 25 de Setembro de 2015
Estreia no Brasil: 24 de Setembro de 2015
Gênero: Animação
Duração: 89 minutos
Classificação Indicativa: Livre
A ideia de juntar todos os monstros clássicos em um hotel protegido de humanos e, simplesmente, brincar com eles foi a fórmula perfeita para criar uma empatia não só com as crianças, que provavelmente ainda não tinham muito contato com eles, mas também com os adultos que puderam ver uma releitura das características malévolas desses personagens. Bem, nesse segundo filme, não há nada de muito novo, afinal sempre que um conceito funciona, principalmente no cinema, a tendência é ele ser reutilizado e, no máximo, revitalizado.
A história dessa sequência inicia com a casamento da filha de drácula, Mavis com o humano Johnny. Dessa união nasce um filho do casal que, em princípio, é meio mortal, meio vampiro. Mas, para o desespero de Drac, o seu neto não vêm apresentado nenhum sinal de que seja realmente vampiro, então ele aproveita uma viagem da filha para conhecer a família do seu marido para, junto com outros amigos monstros, levar a criança para um acampamento de treinamento de monstros.
Como já me referi antes, não há nada de muito diferente do que já vimos anteriormente. O grande trunfo é continuar investindo na releitura desses personagens que até então eram assustadores, transformando-os em divertidos e amigáveis. E é incrível que o mesmo Adam Sandler que faz piadas machistas, homofóbicas e preconceituosas na maioria das suas comédias descartáveis, consiga entregar um roteiro de animação com tanto conteúdo e reflexão. Enquanto no primeiro filme tínhamos a questão da separação entre humanos e os monstros, em um óbvia analogia ao preconceito, nessa segunda fita, o foco é discussão entre ser aquilo que se é, e o que os outros querem que seja. Isso nos remete ao personagem Dênis, filho de Mavis com Johnny, que, mesmo criança já sente a pressão que é colocada nele para que se torne um vampiro e, portanto, passe a se portar como um.
Outro aspecto importante é a fotografia e as cores utilizadas, visto que a produção consegue manter um aspecto sombrio e aterrorizante do universo dos monstros, ao mesmo tempo em que os personagens têm traços relativamente coloridos e alegres. Dessa forma, por mais que os cenários aparentem assustadores, quando observamos os personagens, não há o surgimento de um medo ou de uma repulsa. Observamos isso em Drac, em Mavis que, apesar de usar vestes prestas, tem traços leves no desenho do rosto, tem feições familiares, ou seja, há uma empatia. O mesmo ocorre com os demais monstros.
Por fim, o ponto alto de Hotel Transilvania 2 é manter a leveza e a diversão do original sem querer ser mais ou menos. Essa falta de pretensão, a despeito de apresentar mais do mesmo, funciona e entrega um filme gostoso de assistir, como se estivéssemos revendo velhos amigos que agora adquiriram novas responsabilidades, mas ainda continuam os mesmos de antes.
TRAILER DUBLADO
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