Direção: Roberto Santucci e Marcelo Antunez

Roteiro: Paulo Cursino

Elenco: Cléo Pires, Malvino Salvador, Dudu Azevedo, Rita Guedes, Stella Miranda, Leticia Novaes, Álamo Facó

Produção: Virginia Limberger, Pedro Rovai

Estreia Nacional: 04 de Junho de 2015

Gênero: Comédia

Duração: 104 minutos

Classificação Indicativa: 12 Anos

Critica 01

Como nada está tão ruim que não possa piorar, chega aos cinemas a continuação do fracasso Qualquer Gato Vira-lata. Dessa vez, seguindo a cartilha das continuações de comédias brasileiras, a trama se passa em outro país, no México para ser mais exato. Conrado (Malvino Salvador) é convidado para apresentar seu livro em Cancún e Tati (Cléo Pires) aproveita a oportunidade para fazer uma surpresa para o amado: pedi-lo em casamento. Entretanto, seus planos acabam falhando, ante a insegurança do namorado que pede um tempo para pensar, fazendo com que ela se sinta humilhada e resolva se vingar.

Nas mãos do já recorrente diretor de “globochanchadas”, Roberto Santucci, a película segue os mesmos padrões das comédias distribuídas pela Globo Filmes. Não há nada de muito inventivo, seja em decupagem, seja em desenvolvimento da narrativa. Você sabe exatamente o que vai acontecer. A câmera vai sempre para o mesmo lugar e depois vem um plano e contraplano e assim por diante. Além disso, a fita copia descaradamente o enredo de alguns filmes gringos (o diretor já tinha feito isso em Loucas para Casar). Nesse caso, investem no clichê “ex e atual” arquitetando maneiras de se vingar do macho opressor.

Critica 02

Mas nem tudo está perdido, pois temos um elenco bom. Só que não! Malvino Salvador e Dudu Azevedo estão pavorosos. Só servem para tirar a camisa, mostrar uns tanquinhos e uns músculos, pois quando se exige um pouco mais no quesito atuação, o resultado é a definição mais fidedigna de vergonha alheia (para não dizer vergonha de ter ido assistir a esse “filme”). O mesmo pode ser dito do elenco de apoio que, face a ruindade do roteiro, tenta, por meio de trejeitos exagerados, ser engraçado, falhando miseravelmente. O “destaque principal” vai para a atriz Stella Miranda que faz a mãe de Conrado. No que se refere à Cléo Pires, nem o próprio diretor confia nela, tanto que precisa apelar para uma trilha sonora exagerada com o intuito de conseguir passar alguma emoção. Por isso, dispenso mais comentários.

Outrossim, a produção é tão, mas tão televisiva que quando eles acham que a audiência pode cair, simplesmente jogam um grupo de cantores mexicanos extremamente estereotipados para fazer umas piadas óbvias e sem graça envolvendo…bem…prefiro não comentar. E olha que eu nem abordei o fato de terem algumas piadas machistas e de cunho homofóbico, mas nem vou me dar ao trabalho de levar a sério, pois em pleno século XXI eu não sou obrigado a continuar compactuando com enredos que envolvem “machos alfa disputando uma fêmea” (isso é dito no filme, não fui eu quem inventou).

Critica 03

Em síntese, Qualquer Gato Vira-lata 2 é a prova concreta de que qualquer gato vira-lata consegue fazer um filme melhor.

TRAILER 

1 Comment

  1. Pingback: Crítica | Os Farofeiros (2017) - Cine Eterno - Cinema Sem Fronteiras

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.