Novas narrativas com temáticas que retratam a realidade política e social do mundo. É isso que guia a Mostra Competitiva do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, com a descoberta do que há de mais novo na produção internacional e brasileira, buscando inventividade e capacidade de se comunicar.
Nesta edição, a produção nacional marca presença. Dos nove longas-metragens selecionados, três são brasileiros: “O Sonho do Inútil“, de José Marques de Carvalho Jr., um filme que se perde e se encontra nas imagens, as ressignifica no tempo, em novas realidades e momentos; “Rio Doce“, de Fellipe Fernandes, sobre mudanças íntimas que ultrapassam o individual, e “Rolê – Histórias de Rolezinhos“, de Vladimir Seixas, que lembram os rolezinhos e as ocupações dos shoppings tendo três jovens como personagens.
Completam a seleção de longas “Conferência“, de Ivan Tverdovskiy, que resgata a invasão do Teatro Dubrovka, na Rússia, durante uma peça em 2002 por um grupo armado e que terminou com uma ação do exército e mais de uma centena de mortos; “Um Céu Tão Nublado“, de Álvaro F. Pulpeiro, sobre as ideias de Venezuela que se criaram pelo mundo sem se conhecer a complexidade do lugar; “Zinder“, de Aïcha Macky, que fala sobre a violência à margem e a dificuldade de mudar, mas do constante desejo de transformar a realidade; “O Protetor do Irmão“, de Ferit Karahan, sobre como até mesmo em um lugar de rigidez, hierarquia e violência é possível haver doçura, cuidado e amor; “Estilhaços“, de Natalia Garayalde, um filme que fala de imagens que ficam e, ainda que feitas sem querer, contam histórias fundamentais para a História, e “Sonhos de Damasco“, de Émilie Serri, que procura reconstituir a história de um país em seus escombros, que encontra a vida nos detalhes e nas memórias.
Brasil nos curtas
A produção brasileira também está forte na seleção de curtas-metragens desta 10ª edição. Serão quatro filmes dentre os 10 selecionados. São eles “A Máquina Infernal“, de Francis Vogner dos Reis; “Chão de Fábrica“, de Nina Kopko; “Tereza Joséfa de Jesus“, de Samuel Costa e “Uma Paciência Selvagem Me Trouxe Até Aqui“, de Érica Sarmet.
Histórias do mundo também estão na seleção. Da Bélgica, a dupla Maxime Jean-Baptiste e Audrey Jean-Baptiste traz “Ouça a Batida das Nossas Imagens“, e Matthias De Groof, “Sob a Máscara Branca: O Filme Que Haesaerts Poderia Ter Feito“. Da França vem “Vikken“, de Dounia Sichov e a coprodução com Senegal, dirigida por Moly Kane, “Tecidos Brancos“.
Completam a seleção o curta-metragem russo-polonês “Saúde!“, dirigido por Tatiana Chistova; e “Meu Tio Tudor“, uma coprodução da Bélgica, Hungria, Moldávia e Portugal, dirigida por Olga Lucovnicova.
Confira a lista completa de filmes selecionados:
Mostra Competitiva:
- COMPETITIVA | LONGAS
CONFERÊNCIA / KONFERENTSIYA
Ivan Tverdovskiy | Rússia, 2020, 129’
ESTILHAÇOS / ESQUIRLAS
Natalia Garayalde | Argentina, 2020, 70
O PROTETOR DO IRMÃO / OKUL TIRAŞI
Ferit Karahan | Turquia, Romênia, 2021, 85’
O SONHO DO INÚTIL / O SONHO DO INÚTIL
José Marques de Carvalho Jr. | Brasil, 2020, 72’
RIO DOCE / RIO DOCE
Fellipe Fernandes | Brasil, 2021, 89’
ROLÊ – HISTÓRIAS DOS ROLEZINHOS / ROLÊ – HISTÓRIAS DOS ROLEZINHOS
Vladimir Seixas | Brasil, 2021, 82’
SONHOS DE DAMASCO / DAMASCUS DREAMS
Emilie Serri | Canadá, 2021, 83’
UM CÉU TÃO NUBLADO / UN CIELO TAN TURBIO
Álvaro F. Pulpeiro | Colômbia, Espanha, Reino Unido, 2021, 83’
ZINDER / ZINDER
Aïcha Macky | Alemanha, França, Níger, 2021, 82’
- COMPETITIVA | CURTAS
A MÁQUINA INFERNAL / A MÁQUINA INFERNAL
Francis Vogner dos Reis | Brasil, 2021, 30’
CHÃO DE FÁBRICA / CHÃO DE FÁBRICA
Nina Kopko | Brasil, 2021, 24’
MEU TIO TUDOR / NANU TUDOR
Olga Lucovnicova | Bélgica, Hungria, Moldávia, Portugal, 2021, 20’
OUÇA A BATIDA DAS NOSSAS IMAGENS / ÉCOUTEZ LE BATTEMENT DE NOS IMAGES
Maxime Jean-Baptiste, Audrey Jean-Baptiste | Bélgica, 2021, 16’
SAÚDE! / Будьте здоровы!
Tatiana Chistova | Polônia, Rússia, 2020, 31’
SOB A MÁSCARA BRANCA: O FILME QUE HAESAERTS PODERIA TER FEITO / ONDER HET WITTE MASKER: DE FILM DIE HAESAERTS HAD KUNNEN MAKEN
Matthias De Groof | Bélgica, 2020, 9’
TECIDOS BRANCOS / SËR BI
Moly Kane | França, Senegal, 2020, 20’
TEREZA JOSÉFA DE JESUS / TEREZA JOSÉFA DE JESUS
Samuel Costa | Brasil, 2021, 7’
UMA PACIÊNCIA SELVAGEM ME TROUXE ATÉ AQUI / UMA PACIÊNCIA SELVAGEM ME TROUXE ATÉ AQUI
Érica Sarmet | Brasil, 2021, 25’
VIKKEN / VIKKEN
Dounia Sichov | França, 2021, 27’
SERVIÇO
10º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba
De 6 a 14 de outubro de 2021
No site do Olhar de Cinema