Sétimo longa-metragem de Karim Aïnouz, “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão” ganhou seu trailer. Confira acima.
A sinopse oficial:
Rio de Janeiro, 1950. Eurídice, 18, e Guida, 20, são duas irmãs inseparáveis que moram com os pais em um lar conservador. Ambas têm um sonho: Eurídice o de se tornar uma pianista profissional e Guida de viver uma grande história de amor. Mas elas acabam sendo separadas pelo pai e forçadas a viver distantes uma da outra. Sozinhas, elas irão lutar para tomar as rédeas dos seus destinos, enquanto nunca desistem de se reencontrar.
Definido pelo cineasta como um melodrama tropical, a obra traz nos papéis principais duas jovens estreantes no cinema. Tanto Carol Duarte, reconhecida por seu trabalho na TV aberta, como Julia Stockler, experiente atriz de teatro, foram escolhidas após participarem de um concorrido teste com mais de 300 candidatas.
O elenco traz ainda Fernanda Montenegro, como atriz convidada, Gregorio Duvivier, Bárbara Santos, Flavio Bauraqui e Maria Manoella.
“A Vida Invisível de Eurídice Gusmão” teve sua premiere mundial ontem, segunda-feira, no Festival de Cannes, dentro da mostra Un Certain Regard, mesma divisão na qual o diretor lançou, em 2002, “Madame Satã“, primeiro longa de sua carreira.
A sessão teve reação entusiasmada da plateia, que aplaudiu o filme por mais de 15 minutos. Após a exibição, o diretor dedicou o trabalho às mães solo e às mulheres que resistem:
O Brasil é um dos países que mais mata mulheres no mundo e também um dos países com o maior numero de mães solo. Eu dedico este filme a estas e a todas as mulheres. Eu gostaria de homenagear não a sobrevivência, mas a resistência. É importante também falarmos sobre a intolerância, esse sentimento devastador que ameaça e divide não só o Brasil, mas o mundo inteiro e contra o qual o amor é uma das formas mais poderosas de resistência.
O diretor ainda dedicou a sessão a todos os que estiveram na rua durante o 15M, lutando pela continuidade da educação no Brasil e pelo futuro. “Somos sempre mais fortes juntos do que separados”, disse Karim.
Com roteiro assinado por Murilo Hauser, em colaboração com a uruguaia Inés Bortagaray e o próprio diretor, o longa – ambientado majoritariamente na década de 50 – foi rodado no Rio de Janeiro, nos bairros da Tijuca, Santa Teresa, Estácio e São Cristóvão.
A direção de fotografia é da francesa Hélène Louvart, que assina seu primeiro longa brasileiro e acumula trabalhos importantes na carreira, como os filmes “As Praias de Agnes“, de Agnès Varda, e “Lazzaro Felice“, de Alice Rohwacher, entre outros.
A alemã Heike Parplies, responsável pela edição do longa-metragem “Toni Erdmann“, da diretora Maren Ade, assina a montagem.
“A Vida Invisível de Eurídice Gusmão” é uma coprodução entre Brasil (Sony Pictures e Canal Brasil) e Alemanha (Pola Pandora), na qual a empresa alemã The Match Factory é responsável pelas vendas internacionais.
No Brasil a estreia está prevista para Novembro.