Chegamos, então, ao segundo dia de Festival. Se ontem a abertura não animou tanto, hoje era o momento perfeito para o Festival mostrar a que veio. Durante a manhã este que vos fala abdicou um pouco do sono e foi trabalhar nos textos e vídeos da noite anterior. Em seguida já era hora das coletivas de imprensa e lá vou eu correndo tentar algum furo. Se você já nos segue no instagram (@cineeterno) com certeza deve ter visto alguma coisa da coletiva. Se não nos segue, vai correndo lá porque está perdendo um monte de babados.

Finalizadas as coletivas dos filmes anteriores, me sobraram uns 15 minutos para almoçar e sair correndo para o primeiro dia da mostra de Curtas Gaúchos (aliás, é minha parte preferida do festival). Infelizmente, os curtas desse ano me decepcionaram bastante. Se ano passado era muito difícil escolher os três melhores, este ano foi fácil. Aliás, das 10 produções exibidas, gostei de apenas três, as quais passo a citar:

O primeiro destaque vai para o curta “1947”, de Giordano Gio.
O Segundo destaque vai para o curta “Secundas”, de Cacá Nazario.
E o terceiro destaque vai para o curta “Sob Águas Claras e Inocentes”, de Emiliano Cunha.

Finalizado o primeiro dia de curtas, era hora do segundo dia da mostra competitiva e a programação prometia ser intensa. Dois curtas e dois longas.

Abrindo a noite, o curta O Espírito do Bosque, de Carla Saavedra Brychcy que traz uma narrativa com um misto de história infantil com um suspense, tentando evocar algum sentimento da plateia de medo, contudo as atuações e o roteiro pouco carismático trouxeram apenas aplausos tímidos da plateia. Em seguida, exibiu-se o primeiro longa da mostra competitiva estrangeira, Mirando Al Cielo de Guzmán Garcia, documentário que mistura depoimentos de um grupo de teatro com os seus ensaios. Com fortes inspirações de Eduardo Coutinho, o filme consegue evocar diversos sentimentos e reflexões por meio de simples conversas em que os/as integrantes vão relatando os momentos mais complicados de suas vidas. A despeito deste que vos fala ter gostado muito, o público parece não ter comprado muito a ideia e a recepção não passou dos simples aplausos. Aliás, a crítica completa do filme você encontra aqui na nossa página no álbum da cobertura do festival.

Em seguida, ocorreu a Homenagem ao realizador gaúcho Otto Guerra, famoso pelas suas animações o diretor fez um discurso sobre o momento em que o país vive e pediu que houvesse uma união, tendo em vista que todos lutam por uma causa comum. Finalizou suas palavras pedindo a liberação do preso Rafael Braga.

Passando para o segundo bloco, era hora de iniciar a segunda parte da noite que teve seu pontapé inicial com o curta Postergados, de Carolina Markowicz. Com base em poema de Fernando Pessoa, o filme evoca diversos sentimentos em uma bela narrativa e com uma fotografia de tirar o fôlego. Em seguida, chegou o momento mais aguardado da noite: a estreia nacional de Como Nossos Pais, nova produção da diretora – e musa do meu coração – Laís Bodanzky. A fita é sublime, tudo ajuda a contar a história escrita por ela e por ser ex-marido Luiz Bolognesi e a crítica já está disponível aqui no site e também no nosso canal do YouTube.

Finalizamos, assim, mais um dia de festival e, ainda bem que tivemos coisas boas, porque eu precisava esquecer o dia de ontem! 

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