E chega ao fim mais uma Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, a Mostra SP, na qual tive pelo terceiro ano seguido a oportunidade de cobrir e assistir dos mais diversos filmes possíveis, vindouros de inúmeras nacionalidades, diferentes temáticas e abordagens… Enfim, um festival de cinema plural que celebra a grandeza do cinema na sua forma essencial, como agente transformador do espectador. Como se dá no filme “Café com Canela”, via um monologo entre as duas protagonistas, aonde uma exalta a experimentação de ir ao cinema, pelo motivo da pessoa que entrou na sala deixar de existir após o término da projeção, fazendo nós sairmos diferente dela.
Basicamente é isso que eu senti durante esse mês, que o cinema me transformou e me fez uma pessoa diferente do que era antes de iniciar a cobertura tanto do Festival do Rio quanto da Mostra SP. Foi uma experiência gigantesca, lunática, cansativa e agregadora. Vai deixar saudade. Deixo aqui meu top 10 com os Melhores da Mostra, já com a expectativa pela 42ª edição!
Top 10:
1- As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra;
2- Loveless (Nelyubov), de Andrey Zvyagintsev;
3- Visages, Villages, de Agnès Varda e JR;
4- Custódia (Jusqu’à la garde), de Xavier Legrand;
5- The Day After (Geu-hu), de Hong Sang-Song;
6- Praça Paris, de Lúcia Murat;
7- Nico, 1988, de Susanna Nicchiarelli;
8- Terra Solitária (Tierra Sola), de Tiziana Panizza;
9- Café com Canela, de Glenda Nicário e Ary Rosa;
10- Napalm, de Claude Lanzmann.
Prêmios Individuais:
Melhor atriz: (Empate)
Grace Passô, Praça Paris
e
Trine Dyrholm, Nico, 1988
Melhor Ator:
Sam Rockwell, Três Anúncios Para Um Crime
Melhor Direção:
Juliana Rojas e Marco Dutra, As Boas Maneiras
Melhor Roteiro:
Andrey Zvyagintsev e Oleg Negin, Loveless
Melhor Elenco:
Final Feliz, de Michael Haneke
Melhor filme retrospectivo/remasterizado:
As Cento e uma Noites (1995), de Agnès Varda
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