Direção: Jodie Foster
Roteiro: Jamie Linden, Alan DiFiore, Jim Kouf
Elenco: George Clooney, Julia Roberts, Jack O’Connell, Dominic West, Caitriona Balfe, Giancarlo Esposito
Produção: Lara Alameddine, George Clooney, Daniel Dubiecki, Grant Heslov
Estreia no Brasil: 12 de Maio de 2016
Estreia Mundial: 26 de Maio de 2016
Gênero: Drama/Thriller
Duração: 98 minutos
Classificação Indicativa: 14 anos
Durante o programa sobre Ações, intitulado “Jogo do Dinheiro”, apresentado por Lee Gates (George Clooney), Kyle (Jack O`Connel), armado e com uma bamba, invade o estúdio e faz todos ali presentes como reféns. Enquanto isso, Patty (Julia Roberts) permanece na sala de direção orientado Lee a não deixar que tudo saia do controle. Não vou falar os motivos que levaram Kyle a esta invasão, tendo em vista que eles envolvem uma subtrama que culmina no desfecho da fita. Porém, o que posso dizer é que, enquanto o filme se foca no thriller e no suspense dentro do estúdio e na relação do trio principal, a fita é deveras interessante e muito eficiente. A partir do momento que tentar levar o enredo para um núcleo externo, a situação começa a degringolar.
Judie Foster se mostra bastante segura na direção, principalmente nas cenas de tensão as quais, com efeito, é difícil ficar indiferente e não se mexer na cadeira. Além disso, não preciso nem dizer que George Clooney e Julia Roberts estão muito bem, é quase um pleonasmo, mas o destaque vai para Jack O`Connel que, assim como já tínhamos visto no O Invencível, mais uma vez, consegue, nos seus momentos, roubar a cena. E, detalhe, roubar a cena atuando ao lado de George Clooney e Julia Roberts, então, preciso parabenizá-lo. Ademais, ele também deixa as intenções de seu personagem muito evidentes, tanto que começamos a entendê-lo e também apoiá-lo, ainda que o método que Kyle escolheu não seja um dos melhores, mas, às vezes algumas medidas mais ousadas necessitam ocorrer.
Por outro lado, quando a fita começa a introduzir uma subtrama, mais do meio para final, o filme acaba perdendo bastante o fôlego, principalmente porque uma série de personagens (aos quais você não está nenhum pouco interessado) começam a aparecer e tomar um espaço que não necessitam. Contudo, nada que vá estragar o impacto do final e a mensagem que o longa quer passar. Inclusive, é importante ressaltar a discussão política trazida, principalmente a que envolve a mídia e a forma como ela lida com esses acontecimentos. Cito como exemplo uma passagem em que, conscientemente, Jodie corta de uma cena tensa, para um espectador voltando a jogar pebolim, fazendo referência a falta de sensibilidade e a indiferença das pessoas frente a catástrofes.
Por fim, O Jogo do Dinheiro é um thriller eficiente, muito bem dirigido e atuado. É atual, ágil e toca na ferida e no ponto que precisa criticar. Além disso, é um ótima oportunidade para ressaltar o trabalho de direção da Jodie Foster que, além de ter uma carreira consolidada como atriz, também em seu quarto filme se mostra tão talentosa quanto, especialmente, se considerarmos os excelentes Mentes que Brilham e o Um Novo Despertar. Então, se você ainda não conhece a Jodie Foster diretora, sinta-se livre para conhecer.
TRAILER LEGENDADO
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