Título Original: How To Be Single

Direção: Christian Ditter

Roteiro: Abby Kohn, Marc Silverstein e Dana Fox

Elenco: Dakota Johnson, Rebel Wilson, Leslie Mann, Alison Brie, Anders Holm, Nicholas Braun, Jake Lacy

Produção: Drew Barrymore, Dana Fox, Nancy Juvonen, John Rickard

Estreia Mundial: 12 de Fevereiro de 2016

Estreia no Brasil: 25 de Fevereiro de 2016

Gênero: Comédia

Duração: 110 minutos

Classificação Indicativa: 14 anos

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Não adianta, todo ano tem Valentine’s Day nos EUA e, por conseguinte, tem comédia romântica genérica estreando. E Como Ser Solteira é exatamente isso. Sem personalidade e com várias personagens sem profundidade, o filme tenta à força tirar risada dos espectadores com piadas de cunho sexual e totalmente batidas. Ai, gente, vamos trocar o disco, a fita, o blu-ray. É possível fazer humor sem ter que ficar apelando para estereótipos – só falta força de vontade e, talvez, um pouco de inteligência.

Na fita acompanhamos Alice (Dakota 50 Tons de Cinza Johnson), terminando com seu duradouro namoro com Josh (Nicholas Braun) para viver uma vida de solteira em Nova York. Ao chegar na Grande Maça ela conhece a sua nova colega de escritório, Robin (Rebel Wilson), que vai a ajudar nessa nova vida de solteira (em que tudo se resume a conseguir drinks de graça e dormir com o primeiro boy que aparecer). Nessas loucuras ela conhece Tom (Anders Holm), o dono do bar, e David (Damon Wayans Jr.) que tem uma filha pequena. Também conhecemos a irmã da protagonista, Meg (Leslie Mann) uma obstetra que de uma hora para outra decide engravidar.

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Bem, as personagens são exatamente assim, como eu descrevi ali em cima: uma é a superconfiante, outra é a problemática, o dono do bar só serve para fazer sexo, o outro cara tem uma filha e sofre os problemas de ser um pai solteiro. E a protagonista, Alice, que até tem um maior arco narrativo, também não consegue muito espaço para se desenvolver. O resultado disso é que todas as cenas parecem episódicas, como se cada momento não se ligasse ao outro. Ademais, as relações entre os personagens são confusas e o que era para ser uma representação da vida de solteira, acaba soando tão artificial quanto ficar esperando por um príncipe em um castelo.

Ademais, falta maior análise do que é ser solteira, parece que tudo é festa e que tudo se resume a transar e, quando, na verdade, também há momentos em que se necessita ficar sozinho, aliás, a protagonista termina sua relação de quatro anos com esse discurso, dizendo que precisa de um tempo para si. Parece que isso é esquecido. E não, eu não queria algo super reflexivo ou uma jornada de autoconhecimento, porque eu sei que o objetivo do filme é criar humor, mas precisa ser no óbvio? Ia ser muito mais engraçado, por exemplo, se ela fosse tentar sair e não arranjasse homens, ou tentasse conseguir um pouco de paz e não conseguisse. Que é o que geralmente acontece com quem está há muito tempo acomodada na situação, mas aqui ela já é a rainha da pegação, sai pegando Deus e mundo, mas ok.

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Sem muito mais a acrescentar, finalizo dizendo que Como Ser Solteira é mais do mesmo e tem potencial de agradar apenas um público que já está acostumado com essas comédias enlatadas norte-americanas.

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