Crítica | Capitão América 2 – O Soldado Invernal

Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus e Stephen McFeely
Elenco:  Chris Evans, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson
Produção: Kevin Feige
Estreia Mundial: 4 de Abril de 2014
Estreia no Brasil: 10 de Abril de 2014
Gênero: Ação/Aventura
Duração: 136 Minutos

Ágil, tenso e sombrio, Capitão América 2 – O Soldado Invernal desponta como um dos melhores filmes da Marvel

Uma das minhas maiores reclamações em relação à Marvel e seus últimos filmes estava no fato de que ela estava em um modo de produção quase que automático: as estruturas de roteiro estavam cada vez mais semelhantes, os acontecimentos, a resoluções. Enfim, tudo estava ficando muito previsível a despeito de os filmes continuarem na média. Para minha surpresa, Capitão América 2 – O Soldado Invernal (mesmo com esse título terrível) consegue alterar esse estilo que já estava me enjoando, apresentando-nos um filme mais sério e sombrio – para o meu deleite, é claro!

Após a batalha de Nova York, Steve Rogers (Chris Evans) tenta se adaptar ao mundo moderno, visto que ele pertence a outra era. Junto com isso, ele segue trabalhando para a S.H.I.E.L.D e recebe a missão junto com a agente Romanoff (Scarlett) para desvendar um mistério que envolve desde o Caveira Vermelha até o poderoso Soldado Invernal. Além disso ele deve lidar com a iminente invasão e manipulação da S.H.I.E.L.D pelos seus inimigos.

Desde seu início ágil, passando pela apresentação do vilão até a conclusão, lidamos com um roteiro e com uma edição mais coerente que a dos filmes anteriores que em alguns momentos se perdiam com temas que não precisavam ser tratados. Dessa vez, tudo é tratado com mais seriedade, portanto, acabamos por nos importar mais e, claro, ficarmos mais preocupados com o futuro dos personagens – ao contrario do que ocorreu, por exemplo, em Homem de Ferro 3 no qual após uma cena de extrema tensão, vinha um movimento engraçado ou piada, quebrando totalmente com todo o clima construído.

Além disso, um dos grandes trunfos do filme está no fato de não seguir à risca o estilo enlatado da Marvel dos últimos filmes com uma trama extremamente previsível e com algumas piadas, muitas vezes desnecessárias. Essa continuação lembra muito 007 e outros filmes de espionagem, convenhamos que esse estilo de narrativa é muito mais condizente com o universo do Capitão e com o maior espaço que a S.H.I.E.L.D ganha desta vez. Dessa forma, durante a projeção, ficamos tensos e intrigados pelos próximos passos seja do vilão, seja pelo fato de sabermos que há algo de errado na empresa comandada por Nick Fury (Samuel).

Tecnicamente, mais uma vez, o filme está muito satisfatório. A menção honrosa fica com as cenas de luta as quais estão muito bem coreografadas, enchendo os olhos do espectador que gosta de uma boa e bela porradaria. A fotografia, também, está mais sombria (assim como todo o resto da produção), mostrando que a Marvel, aos poucos está apreendendo que um pouco de tensão nunca é exageiro.

Ágil, tenso e sombrio, Capitão América 2 – O Soldado Invernal desponta como um dos melhores filmes da Marvel, ficando atrás (ou até do mesmo nível) de Vingadores – o qual ainda não pude rever-. Essa continuação conseguiu me fazer colocar fé novamente nessa segunda fase, mesmo após o fracasso do terceiro homem de ferro. O que nos resta esperar, agora, é pelo desfecho com Vingadores 2.

Obs: não que isso seja alguma novidade, mas sempre vale lembrar: existem duas cenas extras. Uma durante os créditos e outra, após. Vale a pena ficar um pouco mais na sala 🙂

2 comentários sobre “Crítica | Capitão América 2 – O Soldado Invernal

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