Título Original: Scouts Guide to the Zombie Apocalypse
Direção: Christopher Landon
Roteiro: Carrie Lee Wilson, Emi Mochizuki e Christopher Landon
Elenco: Tye Sheridan, Logan Miller, Joey Morgan, Sarah Dumont, Halston Sage, David Koechner
Produção: Bryan Brucks, Andy Fickman, Todd Garner e Betsy Sullenger
Gênero: Comédia/Terror
Estreia Mundial: 30 de Outubro de 2015
Estreia no Brasil: 12 de Novembro de 2015
Duração: 93 minutos
Classificação Indicativa: 14 Anos
Se tem uma coisa que eu gosto em filmes é a sinceridade dos produtores para com a sua produção. Enquanto tem uns por ai que querem levar a sério o que já caiu na galhofa (não vou citar nomes), existem outros que assumem a bizarrice, aproveitando para usar isso em seu favor. É o caso de fitas como Zumbilândia e da trilogia icônica do Edgar Wright, iniciado por Todo Mundo Quase Morto. Seguindo essa linha chega a mais nova empreitada do diretor Christopher Landon (de algum dos cinco mil Atividade Paranormal): Como Sobreviver a Um Ataque Zumbi.
A história é basicamente a mesma da maioria dos filmes envolvendo Zumbis: o vírus acaba se espalhando acidentalmente por toda uma cidade. Em função de estarem em um acampamento, o grupo de escoteiros composto por Ben (Tye Sheridan), Carter (Logan Miller) e Augie (Joey Morgan) acaba se safando da infecção e necessita encontrar maneiras de se livrar dessas criaturas. E aí que começa a coletânea de bizarrices e palhaçadas que a situação acaba impondo aos jovens.
O ponto alto do filme são as tiradas cômicas com a cultura pop em geral, passando por um zumbi fã Britney Spears até chegar em um momento hilário de um faxineiro dançando Black Widow. Ademais, as referências a outras produções do gênero, passando inclusive por games e até séries de TV, corroboram ainda mais com as piadas. Sim, elas são de gosto duvidoso, beirando o escatológico; convenhamos, contudo, que lidar com zumbi sem causar nojo ou alguma repulsa é deveras complicado.
Por outro lado, o longa falha na construção de algumas sequências envolvendo cenas mais dramáticas ou românticas. Por mais que elas não ocupem muito tempo de tela, chega a ser entediante – não por destoarem do resto da película, mas, principalmente, por serem mal executadas. Outro equívoco está na direção e na fotografia. Os enquadramentos de Christopher Landon não aproveitam os zumbis, descartam atuações e, especialmente, falham em momentos que deveriam dar tensão. O mesmo pode ser dito da direção fotográfica de Brandon Trost que pouco se adapta aos acontecimentos. Parece que ele aplicou um default e colocou pra rodar durante toda a projeção.
Por fim, Como Sobreviver a Um Ataque Zumbi é um filme estúpido, idiota e com uma história porca, entretanto conta com personagens e atores carismáticos e, sobretudo, com piadas que funcionam pelo seus absurdos e quebras com o que estamos acostumados a ver nas comédias normais. Não, não é um Todo Mundo Quase Morto, mas é um tentativa bastante válida.
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