Título Original: Avengers: Age of Ultron

Direção: Joss Whedon

Roteiro: Joss Whedon

Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, James Spader, Elizabeth Olsen, Aaron Taylor-Johnson, Paul Bettany

Produção: Kevin Feige

Estreia Mundial: 22 de Abril de 2015

Estreia no Brasil: 23 de Abril de 2015

Gênero: Ação/Aventura

Duração: 141 minutos

Classificação Indicativa: 12 Anos

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A despeito de Vigadores e Marvel não serem o meu universo de super-heróis favoritos, admito que toda a jogada de interligação entre as produções e os mundos foi muito bem sucedida em todos os aspectos e tenho certeza que se o mesmo ocorresse com a DC, eu estaria tão animado quanto os/as “Marvetes”. Porém, ao final dessa sequência, alguns fatores começam a me incomodar bastante e o alerta acaba apitando quando as quase duas horas e meia de projeção demoram a passar.

Como eu não pretendo dar spoilers, vou ser bem sucinto em relação ao enredo. A trama se desenvolve a partir da “falha” de Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) e Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) em tentar construir Ultron, uma espécie de inteligência artificial. O experimento se volta contra eles e se transforma em uma ameaça não só para a equipe dos Vingadores, mas para o mundo inteiro. No que tange ao arco dramático criado, nesse segundo longa, temos um vilão mais aprofundado e, de certa forma, mais serio do que o antagonista do primeiro. Ultron é a melhor coisa do filme: seus diálogos são oportunos, as suas piadas são bem pontuadas e a voz de James Spader combina perfeitamente.

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No que tange ao desenvolvimento da história, entretanto, temos algumas barrigas que poderiam ter sido aparadas, tanto nas cenas de ação quanto no desenvolvimento dos personagens do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e Viúva Negra (Scarlett Johansson). Conquanto ache muito louvável a discussão trazida de que os supracitados são os únicos com nenhum “poder especial”, creio que o tempo de tela que isso acaba levando se mostra equivocado, principalmente quando o objetivo do filme não é ser profundo, mas, sim, ser um blockbuster pipoca. Então esses momentos de maior reflexão, soam deslocados e superficiais, ainda que tenham sido relevantes. As cenas de ação, comparadas à produção anterior também parecem ter perdido um pouco o “charme”, digo isso pelo excesso de destruição e pela cultura de video game que vêm sendo criada para essas cenas. Em alguns momentos é difícil entender o que está acontecendo e, claro, tudo isso é agravado quando se tem um óculos 3D que não serve para nada a não ser escurecer a imagem.

Por outro lado, percebemos um salto técnico significativo tanto em efeitos especiais, quanto fotografia. Enquanto lá na primeira fita tinhamos uma paleta de cores mais colorida e mais vívida, nesse segundo há uma maior obscuridade, as cores ficam mais frias, assim como a relação dos personagens que, de certa forma, está mais estremecida. Em matéria de efeitos digitais e práticos, a película está impecável e, mais uma vez, vou fazer menção a Ultron. O vilão está tecnicamente perfeito. O mais incrível é que pudemos ver a captura digital evoluir desde Gollum, passando por experiências frustradas com O Expresso Polar e Beowulf, até chegarmos no ápice com Avatar e aqui com Ultron.

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Dessarte, Vingadores: Era de Ultron é uma sequência em todos os sentidos: repete a mesma fórmula do anterior; tenta (e não consegue) ser melhor que o antecessor; investe num maior aprofundamento de personagens secundários e, por fim, tenta de todas as maneiras justificar a sua existência. Enquanto tudo isso não cansar o espectador, acho que continuaremos a ter mais do mesmo, sem muita novidade, afinal estamos falando de Hollywood. De qualquer forma, já deixo registrado que estou ficando cansado de ver a mesma coisa, a despeito de ter certeza de que a Marvel/Disney sempre pode se reinventar (cof..Guardiões da Galáxia..cof).

TRAILER LEGENDADO

About the author

Editor-Chefe do Cine Eterno. Estudante apaixonado pelo universo da sétima arte. Encontra no cinema uma forma de troca de experiências, tanto pelas obras que são apresentadas, quanto pelas discussões que cada uma traz. Como diria Martin Scorsese "Cinema é a importância do que está dentro do quadro e o que está fora".

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