A Era do Gelo deveria ter acabado no segundo filme, forçando bastante, no terceiro. Mas como o dinheiro sempre fala mais alto, principalmente levando em conta que as quatro produções juntas já arrecadaram, só nos EUA, mais de 750 milhões de dólares, é óbvio que sequências desnecessárias aparecem. Foi o que aconteceu no péssimo A Era do Gelo: Deriva Continental e que se reprisa nesta quinta produção, a despeito que esta seja melhor do que aquela (convenhamos que isso não é uma tarefa muito difícil).

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Traduzido erroneamente como Big Bang que, até onde vão as minhas pesquisas e conhecimentos, se refere ao início do universo, o enredo da fita começa com o esquilo Scratt ativando, com uma noz, um disco voador que estava congelado (??) que o leva para o universo (???). Toda essa lambança culmina no desvio de um asteroide para a Terra e agora cabe aos já velhos conhecidos Many, Diego, Sid e companhia tentar descobrir maneiras de salvar a terra do “Big Bang” (Lamaître acaba de se remexer no túmulo).

Com efeito, o que salva a produção é, sem dúvida, a interação dos personagens e, no caso brasileiro, a dublagem. O destaque vai para o Sid de Tadeu Mello, principalmente nas cenas em que ele tenta encontrar uma namorada. De resto, o roteiro é fraquíssimo e os diálogos são pavorosos.

E se isso já não fosse suficiente, há um problema sério de ritmo no início da narrativa, tendo em vista que a vinda do asteróide, questão central da trama, demora para ser introduzida. Ademais, as diversas subtramas introduzidas não são nada interessantes, principalmente uma que tenta dar uma lição de família (que poderia ser menos óbvia e piegas).

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Então, A Era do Gelo: Big Bang, mesmo que tente inserir algumas referências para os mais velhos, vai agradar apenas aos pequenos. Para os adultos que não forem muito preparados, os 90 minutos de projeção vão demorar para passar.

Obs: Na versão brasileira do filme, retiraram dos créditos o nome dos dubladores originais e não se deram ao trabalho de colocar o nome dos dubladores brasileiros. Me informaram que isso é uma prática da Fox do Brasil. Fica a dica para, na próxima, prestigiarem as pessoas que “salvam” o filme de vocês 🙂

TRAILER DUBLADO

About the author

Editor-Chefe do Cine Eterno. Estudante apaixonado pelo universo da sétima arte. Encontra no cinema uma forma de troca de experiências, tanto pelas obras que são apresentadas, quanto pelas discussões que cada uma traz. Como diria Martin Scorsese "Cinema é a importância do que está dentro do quadro e o que está fora".

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