Título Original: Eddie the Eagle
Direção: Dexter Fletcher
Roteiro: Sean Macaulay e Simon Kelton
Elenco: Taron Egerton, Hugh Jackman, Jo Hartley, Christopher Walken
Produção: Adam Bohling, Rupert Maconick, David Reid, Matthew Vaughn, Valerie Van Galder
Estreia Mundial: 26 de Fevereiro de 2016
Estreia no Brasil: 31 de Março de 2016
Gênero: Biografia/Comédia/Drama
Duração: 106 minutos
Classificação Indicativa: 12 anos
Eddie “The Eagle” Edwards conquistou a fama quando se tornou o primeiro competidor a representar o Reino Unido no Ski Jumping olímpico. Principalmente pelo fato de ser muito desacreditado, o caminho para chegar até as olimpíadas não foi nada fácil, tendo em vista que havia o preconceito pelo fato de ele estar começando muito tarde no esporte, além da óbvia falta de apoio por parte da família, especialmente, seu pai. Mas não, Voando Alto, em nenhum momento, quer focar nas dificuldades do protagonista, muito pelo contrário, lida com todas essas situações de forma muito engraçada e leve, sem precisar apelar para o melodrama, provando que o filme não é mais um genérico sobre superação.
No início da história, já percebemos que Eddie (Taron Egerton) é uma criança determinada a conseguir o que quer: não aceita o que já está posto na sua frente, sempre está buscando algo novo, nem que esse novo seja o mais simples, até que um dia ele encasqueta e decide que vai ser um atleta olímpico. Para uma criança, meio gordinha, tal afirmação pode não ser vista com bons olhos, mas, mesmo assim, ele segue no sonho e inicia seus treinos. Contudo, o atletismo acaba não dando muito certo e ele é introduzido ao Ski Jumping e sua nova meta vira ser o primeiro saltador do Reino Unido e, ele consegue, ainda que parcialmente.
De cara, um dos grandes acertos de voando alto é a forma como lida com um tema relativamente pesado. Geralmente, seguir um sonho não é algo divertido, aliás, é muito difícil e requer não só coragem, mas audácia. Porém, no filme, tudo é retratado de forma bastante leve e cômica. E não, as piadas não são com o protagonista e o seu jeito determinado e diferentão, o humor sempre está no entorno: é o técnico do time adversário deveras caricato, é o treinador fazendo alegorias de ski com uma relação sexual, além de uma cena hilária na sauna. Dessa forma, foge-se do humor óbvio que oprime a pessoa que já está numa situação delicada. E, claro, funciona muito bem.
Ademais, a sintonia entre Hugh Jackaman e Taron Egerton é crucial para que entremos no longa que, desde já, adquire o selo “feel good movie”, aquele tipo de filme em que você assiste e sai feliz, mesmo que o final não seja aquela coisa clichê e feliz de sempre. Aliás, Edwards dá uma aula do que é ter um sonho próprio, independente do que os outros digam ou até do que um placar classificatório define. Afinal, não é sempre que vemos alguém ficar feliz e realizado por tirar o último lugar.
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