Direção: Maurício Eça
Roteiro: Marcio Alemão e Mirna Nogueira
Elenco: Miá Mello, Rosane Mulholland, Paulo Miklos, Oscar Filho
Produção: Diane Maia, Marcio Fraccaroli e Sandi Adamiu
Estreia: 14 de Julho de 2016
Gênero: Aventura/Comédia
Duração: 93 minutos
Classificação Indicativa: Livre
Carrossel 2 pode não ser o melhor filme pré-adolescente já feito, mas, assim como o seu antecessor, tem uma fundamental importância para o cinema nacional, não só pelo fato de abarcar um público que, geralmente, fica restrito às animações ou às produções de super-heróis, as também por, de certa forma, levar pessoas que estão habituadas a assistir novelas e televisão para o cinema. Apenas aceitem, se antigamente existiam filmes dos trapalhões e da Xuxa que faziam um sucesso tremendo, hoje temos Carrossel e seus derivados. De fato, sabemos que ambos não são bons, mas, sim, têm seus méritos.
Conforme o subtítulo da fita já anuncia, o enredo se forma a partir do sumiço de Maria Joaquin que, na verdade, foi sequestrada pelos malvados Gonzales e Gonzalito. Para resgatá-la, a turma do Carrossel, comandada pela professora Helena vai ter de passar por diversas tarefas impostas pelos vilões.
Pela sinopse já é possível perceber o tom caricatural que a película se propõe e, isso, sem dúvida, é o responsável pelo seu sucesso. Primeiro porque respeita o público que quer atingir e segundo porque o clima de nonsense é deveras divertido, principalmente no que se refere aos antagonistas (que, por sinal, estão muito mais afinados do que estavam no primeiro longa).
Por outro lado, o fato de as “crianças” não serem mais tão crianças é bastante prejudicial, tendo em vista, principalmente, os recorrentes diálogos mais inocentes que terminam por não combinar com quem os está dizendo. Em certos momentos eu ficava me questionando, “serio que esse marmanjo barbado está dizendo isso?”. Ademais, o elenco infantil, salvo uma ou duas exceções, não segura muita nas atuações, parece que ligaram a câmera e falaram um texto decorado.
Dessarte, Carrossel 2 funciona muito bem para o público que quer atingir, sabe a linguagem correta que precisa usar sem ser muito infantil ou super adulto. Além disso, é divertido e despretensioso. Pena que não consegue se desprender da fonte e, na maior parte do tempo, parece um grande especial de natal para televisão, isto é, ainda tem muita cara de televisão. Contudo, aparentemente, não é só Carrossel que sofre desse problema.
TRAILER