Título Original: Penguins of Madagascar

Direção:  Eric Darnell, Simon J. Smith

Roteiro: Michael Colton, John Aboud e Brandon Sawyer

Elenco (Vozes Originais): Tom McGrath, Benedict Cumberbatch, Conrad Vernon, John Malkovich, Chris Miller, Christopher Knights

Produção: Lara Breay, Mark Swift

Estreia Mundial: 26 de Novembro de 2014

Estreia no Brasil: 15 de Janeiro de 2015

Gênero: Animação/Comédia/Aventura

Duração: 92 minutos

Classificação Indicativa: Livre

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Sempre fico um pouco receoso ao saber que personagens coadjuvantes vão receber um filme próprio, como é o caso dos Pinguins, pois grande parte do seu sucesso se deve ao fato de eles aparecer o tempo necessário em tela para que não fique enjoativo. Já tivemos exemplos recentes  de coadjuvantes que receberam filme solo e acabaram por fracassar. É o caso de “O Gato de Botas”, que, assim como “Os Pinguins de Madagascar”, é da Dreamworks, portanto, minha preocupação tinha um certo embasamento.

Desde o início da projeção, porém, o longa já mostra que soube revitalizar os personagens de forma a não deixar que caíssem na chatice. Isso fica evidente quando eles não dão muito espaço para contar uma origem desnecessária para abordar do nascimento até quando eles viram amigos e começam a se aventurar como grupo. Não, isso nem é abordado, eles simplesmente já se conhecem, já têm suas peculiaridades definidas e, sem enrolação, já somos conduzidos ao desenvolvimento da trama que, por sinal, é bastante simples e objetiva.

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Dave, o polvo, quer se vingar dos pinguins, pois, desde que eles chegaram ao Zoológico do Central Park em Nova York, o octópode foi esquecido pelo público e encaixotado para longe. Seu grande plano consiste em transformar os mamíferos em monstros horrorosos que assustem os humanos. Contudo, os protagonistas não estão sozinhos nessa situação, pois o grupo Vento do Norte, que tem por objetivo proteger animais, aparentemente, indefesos, aparece para auxiliá-los. Como os pinguins de indefesos não tem nada, não é muito difícil que vai salvar quem nessa história.

Como não poderia ser diferente, o filme é leve e divertido, sem lançar mão de artifícios cômicos como pinguim caindo ou anedotas infames. O roteiro é bastante inteligente por investir em piadas metalinguísticas brincando com a franquia Madagascar e até a própria forma como os pinguins são tratados por humanos. Exemplo quando, logo no início da fita, um repórter aparece falando da marcha dos pinguins, manipulando, inclusive, a cena para parecer mais interessante frente as câmeras.

Corroborando com a excelente tom da narrativa, temos a direção de arte que está belíssima, assim como a de Madagascar. A construção animada de Nova York está muito fidedigna a ponto de realmente, em alguns momentos, esquecermos que é uma animação. O mesmo pode ser dito dos personagens do Vento do Norte, ambos muito bem desenhados e com traços que definem a sua personalidade.

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Pinguins, por fim, destrói todo meu receio que sempre tive em relação a eles terem um filme solo. É um excelente passatempo que com certeza vai agradar a crianças e adultos, seja pelo carisma dos protagonistas, seja pelas piadas que se inserem organicamente na narrativa. É a Dreamworks provando, mais uma vez, que não está para brincadeira e que sabe divertir sem apelar.

TRAILER DUBLADO

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