Título Original: Alexander and the Terrible, Horrible, No Good, Very Bad Day
Direção: Miguel Arteta
Roteiro: Rob Lieber
Elenco: Steve Carell, Jennifer Garner, Ed Oxenbould, Dylan Minnette e Kerris Dorsey
Produção: Lisa Henson, Daniel S. Levine e Shawn Levy
Estreia Mundial: 10 de Outubro de 2014
Estreia no Brasil: 23 de Outubro de 2014
Gênero: Comédia
Duração: 81 minutos
Classificação Indicativa: 10 anos
Não é preciso grandes cenários, viagens ou até mesmo história para divertir. Com um enfoque bem simples em uma família aparentemente normal, “Alexandre” consegue não só divertir como ainda deixar um calorzinho no peito ao apresentar aquela mensagem moral que todo filme que tenha a Disney na produção faz questão de enfatizar.
Alexandre é um daqueles garotos azarados, nada em sua vida dá certo: é excluído na escola; a garota pela qual está apaixonado não dá a mínima atenção e, como é filho do meio, acaba não ganhando a consideração devida. Se tudo isso não bastasse, o resto de sua família está super bem: seu irmão (Dylan Minnete de Os Suspeitos) é o popular do colégio, sua irmã (Kerris Dorsey que fez uma ponta em O Homem que Mudou o Jogo) é a atriz principal no musical da escola, sua mãe (Jennifer Garner de Idas e Vindas do Amor) está prestes a ser promovida a vice-presidente da empresa em que trabalha e seu pai (Steve Carel) em breve iniciara no emprego dos sonhos. Isto é, todos têm uma vida de sucesso, ao passo que Alexandre está na pior – ou pelo menos é o que ele pensa.
No dia do seu aniversário, o protagonista faz um pedido para que todos de sua família tenham um dia terrível, horrível, espantoso e horroroso – para que sintam um pouco do que é a sua vida. Quem já conhece a Disney e seu toque de mágica, sempre sabe que devemos ter cuidado com o que desejamos, pois sempre pode acontecer. E acontece! A família de Alexandre vive o seu dia terrível, horrível, espantoso e horroroso.
Se ao ler a sinopse você pensou: “o filme tem cara de sessão da tarde”, acertou. E isso não quer dizer que a fita seja ruim, pelo contrário, significa que teremos uma produção leve, inofensiva e até despretensiosa que, quem sabe, vá arrancar umas risadas, deixando uma lição de moral no seu desfecho. A película vai aos poucos envolvendo o espectador naquela família que, ao olhar de longe nos parece peculiar, mas que, ao chegarmos perto, é normal como todas as outras, até o ponto de que estamos torcendo para que tudo dê certo no final.
Muito dessa sintonia criada com o espectador, vêm dos personagens e das atuações. Não há nenhum destaque, nenhum ator sobressai ao outro, como a própria mensagem da fita, todos parecem um time e lá estão se divertindo. É sempre divertido ver Steve Carrel no cinema, lembrando até em alguns momentos seu personagem icônico Michael Scott da série The Office. Jennifer Garden está no seu papel queridinho de sempre e também faço uma menção honrosa a Ed Oxenbould responsável pelo protagonista do filme.
“Alexandre e o Dia Terrível, Horrível, Espantoso e Horroroso” diverte sem ofender ninguém, é uma daquelas comédias saborosas para se assistir na sessão da tarde ou até num domingo em família. E ultimamente com a quantidade de “Adams Sandlers” e “globochanchadas” que estão saindo por ai, é prazeroso ir ao cinema assistir comédias do estilo de “Alexandre”. Aqui vai meu incentivo: mais comédias da Disney e menos “globochanchadas”, por favor.
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