Fabrício Boliveira é o entrevistado de Simone Zuccoloto deste Sábado, 23 de Junho, no “Cinejornal” do Canal Brasil.
O ator baiano conversou sobre seus cinco últimos trabalhos: Tungstênio, de Heitor Dhalia; Simonal, de Leonardo Domingues; Vazante, de Daniela Thomas; Além do Homem, de Willy Biondani; e Miragens, de Erik Rocha (Cinema Novo).
Ao conversarem sobre Vazante, filme que se passa em uma fazenda em Minas Gerais, às vésperas do fim do regime escravocrata, Simone pergunta a Fabrício:
E como é pra você lidar com todas essas questões que o filme sucinta – protagonismo negro, a questão do racismo, do olhar de uma diretora que escreve um roteiro, uma mulher branca – como é que isso fica na sua cabeça?.
E o ator responde:
Eu acho que o mais importante disso tudo é abrir discussão a respeito disso.
Sobre Eryk Rocha, que o dirigiu em Miragens, misto de ficção e documentário que retrata questões da crise financeira brasileira a partir da realidade de um taxista, Fabrício comenta:
O Eryk é um cara que tá vivendo o tempo dele sempre, apesar de estar falando das coisas do pai algumas vezes, mas está vivendo o presente e as discussões desse momento.
(…) Ele é muito político, apesar de ter muita poesia no trabalho dele, ele tá sempre fincado no hoje e na política como relação, não essa política instituída.
Fabrício conclui a entrevista afirmando:
O filme pronto pra mim é como se fosse uma tese mesmo.
Desde quando eu comecei, entrei nessa onda de cinema, eu observei a importância do cinema.
E comecei a entender que talvez sejam as novas enciclopédias, que a gente tinha antigamente, que abriam um outro universo.
E eu acho que o cinema é isso, uma investigação sobre uma cultura, uma investigação sobre um pensamento.
Eu to me sentindo um cientista da arte!
O Cinejornal mostra ainda o que de mais bacana rolou no Festival de Cinema de Animação de Annecy, que este ano homenageia a animação brasileira.
O repórter Julio Cavani esteve na França cobrindo o festival.
Cinejornal com Simone Zuccoloto e Fabrício Boliveira:
Sábado, dia 23 de junho, às 21h
Horários alternativos: Domingo, às 17h30 e sexta, às 12h30