Ryan Coogler, diretor de Pantera Negra, Creed: Nascido Para Lutar e Fruitvale Station, aproveitou a estreia de Uma Dobra no Tempo nos Estados Unidos e escreveu uma ode à diretora Ava DuVernay.

O texto foi publicado no site ESPNW norte-americano, que você pode ler aqui. Abaixo a versão traduzida:

Ava Duvernay é alguém que faz o impossível parecer fácil. É por isso que eu me sinto privilegiado de poder chama-lá de minha grande irmã. Eu a conheci em 2013, mas ela é uma daquelas pessoas que você sente como se sempre tivesse conhecido.

Em sua vida antes de eu a conhecer, ela era uma altamente admirada publicista em Hollywood que tinha sua própria companhia. Até então, ela tinha escrito, produzido e dirigido dois filmes incríveis, sobre mulheres negras encontrando esperança enquanto experienciando tristeza e perda, tudo enquanto mantinha uma companhia de produção e distribuição para financiar e distribuir filmes independentes subservidos feitos por mulheres e pessoas de cor. Ela já era uma das minhas heroínas, e isso foi antes dela pegar um dos mais procurados roteiros em Hollywood e o tornar no melhor filme sobre Dr. Martin Luther King que alguém jamais fará.

Ava é uma pioneira. Ela faz os mais distantes sonhos e ideias uma realidade. Ela fez uma série chamada “Queen Sugar” e determinou o uso de diretoras mulheres e criadoras chaves dois anos completos antes da grande Frances McDormand compartilhar com o mundo o que era um inclusion rider. Ava é inclusão, igualdade e representatividade.

Ava é o passado, presente e futuro. Ela é todas essas coisas, mas algumas vezes eu esqueço que ela é humana. Eu fui lembrado disso alguns anos atrás, quando eu recebi a devastadora notícia de que ela havia perdido o pai. Eu quase perdi meu pai, e quase me partiu ao meio. Ava, a guerreira, resistiu a essa perda enquanto fazia “A 13ª Emenda (13th)” para mostrar a todos com uma inscrição na Netflix que a escravidão Americana nunca acabou — apenas se transformou.

E então ela infundiu o amor que tinha por seu pai, e sua mãe que ainda está conosco, no belo filme Uma Dobra no Tempo (A Wrinkle in Time). Eu assisti atentamente através do corredor enquanto trabalhando em Pantera Negra conforme minha grande irmã inspirava sua equipe com amor e navegava os desafios de cinema de estúdio, adaptando um livro que muitas pessoas chamaram infilmável em um filme que explode com esperança, com amor e com mulheres guerreiras.

Mas, acima de tudo, é um filme sobre uma pequena garota negra com óculos — como minha mãe, como minha esposa, como minha grande irmã Ava — que se recusa a aceitar de que seu pai está perdido. A personagem principal no filme, Meg, usa seu amor, sua esperança e suas habilidades de arrebentar como uma cientista para trazê-lo de volta, e talvez ela ainda salve o Universo ao longo do caminho.

Emocionante!

Vale lembrar que Ava DuVernay faz história com seu novo filme; é a primeira mulher negra a dirigir uma produção com orçamento superior a U$ 100 milhões.

Uma Dobra No Tempo estreou nesta sexta-feira (10/03) nos Estados Unidos e deve tirar o filme do próprio Ryan Coogler do topo da bilheteria, após três semanas.

O filme da Walt Disney protagonizado por Storm Reid estreia no Brasil no dia 29 de Março de 2018.

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