Terremoto: A Falha de San Andreas (San Andreas, 2015); Direção: Brad Peyton; Roteiro: Carlton Cuse, Jeremy Passmore, Andre Fabrizio; Elenco: Dwayne Johnson, Carla Gugino, Alexandra Daddario, Ioan Gruffudd, Paul Giamatti, Hugo Johnstone-Burt, Art Parkinson; Estreia Mundial: 29 de Maio de 2015; Estreia no Brasil: 28 de Maio de 2015; Gênero: Ação/Aventura/Pornô Desastre; Duração: 114 minutos; Classificação Indicativa: 10 anos;

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Depois de destruir Nova York um milhão de vezes, Hollywood, nessa feita, encontrou uma “nova” vítima para os seus filmes catástrofes: a costa oeste dos Estados Unidos e a famosa falha de San Andreas. Infelizmente, a única coisa que mudou mesmo foi o cenário da catástrofe; o resto, é a mesma coisa chata e sem sal de sempre. Ok, Ok temos o The Rock e seu carisma, mas não é o suficiente para salvar a fita do fracasso.

Em um terremoto, seguido de outros dois tão devastadores quanto, e mais um “lindo” tsunami, em que milhares morrem, apenas umas seis pessoas interessam ao filme: Ray (Dwayne `The Rock` Johnson) e sua família. Afinal, ele esta em meio a um divórcio e está triste por ver sua filha, Blake (Alexandra Daddario – True Detective), cada vez mais próxima do futuro pretendente (Ioan Gruffudd – O Quarteto Fantástico) de sua ex-mulher (Carla Gugino – Watchmen). Esse mimimi familiar logo é interrompido com o primeiro grande terremoto que faz com que Blake fique presa em uma garagem, cabendo, então para Ray, bombeiro bombado da LAFD salvar o dia da sua família, é claro. O resto, ninguém se importa.

Enquanto isso, na sala de justiça, Lawrence (Paul Giamatti – A Luta Pela Esperança), o cientista que já sabia de tudo, mas nunca foi ouvido, descobre que o primeiro terremoto foi o primeiro de uma série de outros que virão em maior escala, atingindo todos que estão entre os 1290km da Falha de San Andreas até chegar em Los Angeles e San Francisco. Em função disso, ele tenta avisar o máximo de pessoas sobre os eventos em massa, sendo sucedido, em parte, apenas, tendo em vista a magnitude e rapidez dos ocorridos.

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A história, destarte, é bem bobinha e cheia de falhas. A despeito da presença de três roteiristas, provando que qualidade não tem relação alguma com quantidade, existem sérios problemas de criação e de aprofundamento de personagens. As falas são dispensáveis, as ações das figuras só servem para um mesmo fim e, claro, The Rock sempre surge para salvar “Townsville”. Além disso, as soluções para os problemas aparecem magicamente: “Olha, nosso helicóptero estragou”, na primeira oportunidade surge um senhor com um chapéu de uma base aérea. “Olha, precisamos de um barco” é só olhar pra trás e aparecem uma série de lanchas. A narrativa toda se baseia nisso. Sabemos exatamente o que vai acontecer, não há nenhum elemento surpresa, quiça coragem para fazer algo que não seja mostrar destruição.

Outro grande erro, nessa mesma linha, vem do fato do núcleo de Johnson não se misturar com o de Giamatti, frustrando a expectativa que vem sendo criada de que, em algum momento, um vai precisar do outro. O Cientista e o resto dos coadjuvantes ficam escanteados, só servindo para se esconderem de baixo da mesa e tentarem avisar o mundo do agravamento dos tremores. Desperdício de personagens e encheção de linguiça básica.

Mas vamos a parte boa, então: o terremoto, o grande protagonista do filme. Sim, está muito, mas muito bem feito, tenho certeza que Roland Emmerich, diretor de Independence Day e O Dia depois de Amanhã, deve ter ficado muito orgulhoso ao ver o seu gênero Pornô Desastre atingindo cada vez mais níveis de “excelência destrucional”. A destruição da Barragem de Hoover em nevada, chegando a destruição total de Los Angeles é deveras real. A experiência de ver os arranhas céus de LA indo abaixo como peças de dominó é simplesmente incrível, ainda mais quando vistas na potência audiovisual do IMAX. Contudo, não espere cenas inesquecíveis, pois já vimos coisas semelhantes nos próprios filmes de Emmerich, a diferença é que agora há um pouco mais de tecnologia.

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Terremoto: A Falha de San Andreas acaba sendo um desastre em quase todos os sentidos. Erra por tentar imprimir uma história deveras tensa, quando mal consegue desenvolver personagens ao ponto de nos importamos com a sua sobrevivência. Entretanto, por causa das cenas de destruição e catástrofe é possível, pelo menos, se divertir com tudo isso.

Terremoto: A Falha de San Andreas – TRAILER LEGENDADO

2 Comments

  1. Eu gosto e diverte. Por um único dia, sem pretensões filosóficas ou quadros profundos, Terremoto; A Falha de San Andreas é uma boa opção. Desafios impossíveis sem esforço supera Rock, seu todo mundo resgate e efeitos especiais fazem deste filme uma boa desculpa para um compromisso, pipoca e refrigerante. E para os fãs (não haverá muitos) pendurá-los aqui neste link: http://www.hbomax.tv/ballers/ onde podem aprender sobre Ballers, a nova série vai estrelar este grande homem de ação.

  2. Pingback: Crítica | Rampage: Destruição Total (Rampage, 2018) - Cine Eterno

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