Título Original: Backtrack

Direção: Michael Petroni

Roteiro: Michael Petroni

Elenco: Adrien Brody, Sam Neill, Robin McLeavy, Bruce Spence, Chloe Bayliss

Produção: Antonia Barnard, Jamie Hilton, Michael Petroni

Estreia Mundial: 26 de Fevereiro de 2016

Estreia no Brasil: 31 de Março de 2016

Gênero: Drama/Mistério/Thriller

Duração: 90 minutos

Classificação Indicativa: Livre

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Adrien Brody, depois de ganhar o Oscar por O Pianista, afundou sua carreira de uma maneira espetacular. Seus trabalhos pareciam ter sido escolhidos no automático, quase como se ele estivesse gritando para todo mundo que precisava de dinheiro e, portanto, pegava a primeira produção genérica que aparecia na sua frente – algo que o Nicolas Cage vem fazendo já faz um tempinho, também. Eis que, então, o ator decide ir se aventurar no cinema australiano, trabalhando com Michael Petroni (responsável pelo roteiro do último Nárnia e do eficiente O Ritual, com o Anthony Hopkins). Visões do Passado, então, é mais uma evidente tentativa do ator de retomar alguma relevância, a qual até que funciona, mas ainda está muito inferior à capacidade e à potência que sabemos que Brody tem.

A fita é mais uma daquelas em que um acontecimento pretérito volta para assombrar (literalmente) o presente do protagonista. Peter Bower (Adrien), após um ano da morte da filha, ainda tenta superar a perda e, portanto, começa a intensificar a sua carga de trabalho. Assim ele peda para Duncan (Sam Neill) lhe indicar mais pacientes. Os atendimentos vão acontecendo normalmente até que ele recebe a visita de uma estranha e misteriosa garota chamada Elisabeth Valentine. No início, ela mal fala, mas externa um sofrimento intenso o qual leva Bower a investigar sobre o passado da menina. Para sua surpresa, descobre que ela está morta, assim como seus demais novos pacientes, e para melhorar, todos morreram no mesmo dia em um acidente de trem na cidade natal do protagonista. Dessa forma, ele começa a perceber que tudo isso tem relação com o ocorrido em uma noite há mais de trinta anos. E, claro, mexer no passado vai trazer a tona segredos e mistérios que precisam ser resolcivos para que o psicólogo posso voltar viver em paz.

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O enredo, com efeito, é deveras interessante, ainda que não seja dos mais originais. Michael Petroni consegue ir desenvolvendo a trama de forma a responder uma pergunta, criando mais duas, fazendo com que, obviamente, fiquemos o tempo inteiro interessados. Porém, algumas escolhas do diretor acabam frustrando toda essa construção narrativa. A principal delas é a falta de uniformidade para com o gênero do filme, visto que, uma hora é policial meio noir, outra hora é suspense e depois beira e flerta com o terror sobrenatural. Assim, tudo fica meio confuso e, muitas vezes, não sabemos o que Petroni está querendo. Outro problema é a quantidade de “sustinhos” que ele fica inserido o tempo todo e que simplesmente não acrescentam nada à história, apenas tem o efeito de acordar quem, eventualmente, estiver meio que dormindo ou desligado do longa.

Enfim, se assim eu puder dizer, o elenco é o melhor ponto da produção. Adrien Brody, convence no papel, mesmo que não seja nada espetacular e Sam Neill, no pouco tempo que aparece, rouba a cena geral. No geral, não dá para dizer que o filme é ruim, afinal, ele é eficente em alguns momentos. Contudo, nada consegue salvar o aspecto genérico da película. Não há nada de novo, original ou inventivo. É para ver tranquilamente e, depois, esquecer, o que não deixa de ser uma pena, uma vez que havia potencial tanto narrativo, quanto criativo.

TRAILER LEGENDADO

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