Crítica | O Exótico Hotel Marigold 2

“O Exótico Hotel Marigold” foi um filme original, divertido, carismático, proporcionava uma novo conceito de filmes voltadas à terceira idade, tinha o clichê turístico, além de um elenco de qualidade inegável. Prever que o grande sucesso impulsionaria uma continuação soa forçado, simplesmente por ser um tipo de obra única. Continuações por si só já soam dispensáveis, de um filme desses não é diferente. A carisma, o charme e as demais qualidades do primeiro longa metragem são deixadas de lado, em tediosos e forçados 120 minutos.

Na trama, Sommy (Dev Patel) vê o negócio hoteleiro crescer de vento em pompa, visando expandir os negócios, começa a procurar novos investidores, paralelamente tem que lidar com os preparativos com seu casamento. Em relação aos hóspedes, há vários conflitos entre si, um casal octogenário que não consegue lidar com a monogamia, outra a mulher que não sabe qual dos pretendentes ricos escolher, tem também o drama da personagem de Judi Dench, com medo de engatar um novo romance e viver. Enfim, muitos plots, porém tudo forçado e insosso, sem o menor pingo de graça que o primeiro longa tinha. Roteiro pra lá de artificial, consegue diminuir a carisma dos personagens construídos anteriormente, além de ser apelativo a abordagem da temática referente a terceira idade.

Sobre o elenco, é louvável ver atrizes do calibre de Judi Dench e Maggie Smith permanecerem em ativa e atuando com garra, porém não há muitos desafios para elas ou qualquer outro ator conseguir algum trabalho minimamente notável. O exótico hotel Marigold 2 é mais uma das claras tentativas de impor uma franquia na marra, o problema é a carência de argumentação, proporcionando momentos superficiais e nem um pouco memoráveis. O que não deixa de ser uma pena, pois um elenco de veteranos como este merecia algo além dos esteriótipos e do clichê.

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