Título Original: Minions

Direção: Kyle Balda, Pierre Coffin

Roteiro: Brian Lynch

Elenco: Sandra Bullock, Jon Hamm, Michael Keaton, Pierre Coffin, Steve Carell, Geoffrey Rush

Produção: Janet Healy e Christopher Meledandri

Estreia Mundial: 10 de Julho de 2015

Estreia no Brasil: 25 de Junho de 2015

Gênero: Comédia/Animação

Duração: 91 minutos

Classificação Indicativa: Livre

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Quem assiste a Meu Malvado Favorito, se apaixona, impreterivelmente, pelos Minions. A cor peculiar, os trajes estranhos e os diálogos sem o mínimo sentido fazem com que eles roubem a cena sempre que estão em tela. Como virou moda em Hollywood, todo coadjuvante que dá certo, acaba ganhando um filme solo. É o caso do “assustador” O Gato de Botas, do bom Pinguins de Madagascar e do futuro Procurando Dory. Em função disso, sempre uma icógnita fica no ar: essa transposição de papeis vai funcionar? Bem, isso depende de uma série de fatores que vão desde a criatividade dos produtores, até a coragem do estúdio de aprofundar personagens bastante estabelecidos.

No caso dos Minions, é deveras complicado tentar reinventar algo, visto que suas características já estão consolidadas – e esse era o meu maior receio. Na primeira vez que se assiste a Meu Malvado Favorito, há uma surpresa pelas peculiaridades dos ora protagonistas; chega no segundo, e há um repetição – sim, eles ainda são engraçados, mas não se tem nada de diferente. Quando se fala, então, no filme solo a situação tende a ficar pior ainda. Os produtores, com esse pensamento, resolveram apostar no background como elemento cômico, em vez de jogá-lo para os Minions. Prima facie, essa pode parecer uma solução inteligente para o problema; o resultado em tela, porém, é um filme sem identidade.

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Sobre a história: começamos de forma bastante interessante com um Flashback mostrando os Minions como assistentes dos maiores vilões da história e, como, após uma série de desastres, eles acabaram por não ter mais nenhum grande antagonista para servir. Em função dessa falta de mestres, suas vidas começam a perder o sentido e, pouco a pouco, vão caindo no tédio. Até que um corajoso Minion chamado Kevin, ao lado de seus amigos Stuart e Bob, resolve iniciar uma busca por um novo pícaro. Nessa procura, eles acabam na Expo-Vilão e enxergam na super-vilã Scarlet Overkill, uma futura nova chefa.

Um dos primeiros grandes problemas da fita, é o roteiro e a sua estrutura. Apesar de iniciar bem, apresentando os personagens e fazendo relações histórias para criar uma verossimilhança, conforme a projeção vai avançado, os roteiristas se perdem completamente e apostam no absurdo para explicar os acontecimentos. Por exemplo, o trio principal precisa ir para Orlando, dois minutos depois aparece uma família maluca de Ladrões que vai de Nova York para Orlando de carro. O trio quer a Scarlet Overkill, dois minutos depois, ela já é a nova mestra deles. O tempo inteiro é isso: eles querem X, logo depois conseguem X e assim vai indo, ao passo que a tensão e o clímax vão para o espaço.

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Além disso, outra grande falha está nas piadas. Sim, há inúmeros momentos engraçados na fita, mas a maioria deles não vêm dos Minions. Rimos das relações históricas absurdas, das referências e das homenagens que são feitas; não dos protagonistas. Assim, conforme me referi antes, identificamos uma crise de identidade da película que tenta colocá-los como principais, ao passo que dá mais atenção cômica para outros núcleos. É como se eles fossem coadjuvantes em seu próprio filme.

A película, mesmo assim, é divertida na maior parte do tempo. É possível acompanhar as aventuras dos pequenos seres amarelos com uma certa satisfação, tendo em vista a sua inerente simpatia. Eles cativam o público e, em certos momentos, quase nos fazem esquecer o resto das falhas. No entanto, faltou muito, mas muito para Minions ter um apelo semelhante ao de Meu Malvado Favorito, uma vez que não há a humanidade que encontrávamos nas filhas adotivas de Gru; não há uma grande motivação para girar as engrenagens da narrativa, como um roubo da Lua; e não há, principalmente a presença cômica dos Minions.

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About the author

Editor-Chefe do Cine Eterno. Estudante apaixonado pelo universo da sétima arte. Encontra no cinema uma forma de troca de experiências, tanto pelas obras que são apresentadas, quanto pelas discussões que cada uma traz. Como diria Martin Scorsese "Cinema é a importância do que está dentro do quadro e o que está fora".

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