A nova produção da Vitrine Filmes – DIVINAS DIVAS, chegou as telas do cinema, no último dia 22 de junho, nós do Cine Eterno, tivemos o privilégio de assistir o documentário na 12º edição do CINE DOCUMENTA, que aconteceu nos dias 10 a 12 de maio, em Ipatinga/MG. Com direção de Leandra Leal, o documentário ressalta a diversidade e faz uma linda homenagem para as primeiras travestis e transexuais que abriram o caminho para o brilho nos palcos brasileiros: Rogéria, Valéria, Jane Di Castro, Camille K, Fujica de Holliday, Eloína, Marquesa e Brigitte de Búzios. O filme acompanha o reencontro das artistas para a remontagem do espetáculo Divinas Divas, que era apresentado na década de 70 no Teatro Rival.
Um baú de histórias que somente Leandra Leal poderia trazer as telas, o documentário além de contar as histórias de grandes mulheres, também é carregado de memórias da família Leal. O Teatro Rival, que é uma das casas de entretenimento mais famosas do Rio de Janeiro, com a direção do avô de Leandra, Américo Leal, foi o primeiro estabelecimento a abrir suas cortinas para as artistas travestis e transexuais. O Rival, posteriormente acabou sendo dirigido pela mãe de Leandra, Ângela Leal, e agora quem comanda a purpurina do Teatro é a própria Leandra.
A menina que cresceu nos bastidores do Rival, e perante aos nossos olhares durante a formação do seu trabalho na TV e no Cinema, agora assume a direção. Por ser uma história familiar, ela consegue nos transmitir as felicidades e tristezas vivenciadas pelas artistas, e também pela sua família. Mas não se engane, achando que o documentário se trata apenas da família Leal, muito pelo contrário, Leandra nos convida a escutar, observar e assistir, a cada parte singular das DIVAS, e deixando sua lente da câmera sendo guiada com delicadeza e respeito.
O filme estreia no mês do ORGULHO LGBT, é o documentário por ser um ato de resistência e homenagem por todas aquelas que brilharam e lutaram por igualdade, mostra a importância de conversamos sobre gênero e diversidade dentro da nossa sociedade contemporânea, pois representatividade trans e travesti importam, e não podem ser silenciadas dentro das mídias, artes, educação, esportes, etc.
Algumas histórias de terror que as DIVAS nos contam, não estão muito distantes em 2017. Ano passado, a cada 25 horas uma pessoa era morta, vítima de LGBTfobia. Muitas não conseguiram alcançar o palco para brilhar, então quando as nossas DIVINAS DIVAS estão presentes e atuantes, elas representam cada uma/um de nós.
Leandra nos deixou entrar pela porta da frente da história do Teatro Rival para nos lembrar de artistas que nos encantam e merecem o devido respeito. O documentário já percorreu o mundo tendo exibições em festivais, e sendo premiado na categoria melhor filme na categoria de votação popular do tradicional e inovador festival South by Southwest (SXSW), nos Estados Unidos.
Quer se emocionar, ver uma boa produção, aplaudir DIVAS? Então corram para conferir DIVINAS DIVAS nos cinemas. Confira salas e horários do filme: http://bit.ly/AssistaDivinasDivas