Título Original: American Ultra
Direção: Nima Nourizadeh
Roteiro: Max Landis
Elenco: Kristen Stewart, Jesse Eisenberg, Connie Britton, Topher Grace, Bill Pullman
Produção: David Alpert, Raj Brinder Singh, Kevin Scott Frakes, Britton Rizzio, Anthony Bregman
Gênero: Acão/Comédia
Estreia Mundial: 21 de Agosto de 2015
Estreia no Brasil: 26 de Novembro de 2015
Duração: 96 minutos
Classificação Indicativa: 16 Anos
Mike (Jesse Eisenberg) é um típico adolescente sem nenhuma ambição a não ser ficar chapado o tempo todo junto com a sua namorida Phoebe (Kristen Stuart). Contudo, ele não sabe que fez parte de um experimento da CIA o qual o treinou para ser uma espécie de super-herói, inserindo habilidades que o ajudam a ser mais rápido e mais forte. Esses poderes estavam latentes e precisavam de um empurrão para que fossem ativados. E isso acontece quando os seus criadores decidem eliminá-lo, visto que ele representa uma ameaça para a sociedade. Mas é claro que não vai ser assim tão fácil.
A premissa de American Ultra é deveras interessante, pois, guardadas as devidas proporções, é original e, aparentemente, tem fôlego para a criação de uma nova franquia de “super-heroi” com pressupostos e objetivos bastante diversos da safra que atualmente tem-se acesso. Todavia, a execução e a forma como a fita é construída, acabam destruindo qualquer expectativa criada. Grande parte disso, é culpa da narrativa que se resume a cenas de explosões e perseguições que não fazem muito sentido – isso quando os protagonistas não estão chapados, proferindo diálogos que pouco importam para o seguimento da história.
Ademais, a escalação de Kristen Stuart e Jesse Eisenberg para os papeis principais, repetindo a parceira feita em “Férias Frustradas de Verão”, tem um objetivo evidente de tentar trazer um público fã da atriz que, com certeza, não vai se sentir muito representado pelo longa. Fora que ambos estão completamente apáticos durante boa parte da projeção, característica já comum nos personagens de Kristen e surpreendentemente negativa para Eisenberg cujos papeis geralmente são eufóricos e muito bem desenvolvidos e interpretados. Então, além de uma narrativa bisonha, ainda tem-se que aturar um casal de protagonistas sem carisma algum que consegue transformar 96 minutos em uma saga interminável.
A direção de Nima Nourizadeh, guarda semelhança com as loucuras apresentadas no seu trabalho anterior, “Projeto X: Uma Festa Fora de Controle”, em que parecia que todos os realizadores estavam drogados durante a concepção e a realização da película. Aqui em American Ultra, fica bem difícil de entender o que se passa na maioria das cenas de ação, devidos aos cortes rápidos. No entanto, justiça seja feita, os efeitos especiais, ainda que também sejam exagerados, estão bem feitos e bem inseridos na narrativa, ao passo que o resto da produção estava aparentemente drogada.
Em suma, American Ultra acaba morrendo na sua premissa, que conquanto seja interessante e original, não segue essa mesma linha durante a sua execução, preferindo ser um pseudo projeto a sucesso teen com ação desenfreada e sem o menor sentido, do que tentar introduzir e apostar em um universo novo, com diversas possibilidades. E não, nem com a utilização de muitas drogas vai se conseguir salvar American Ultra do completo desastre.
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